O cultivo de bananas pelo Homem teve início no sudeste da Ásia. Existem ainda muitas espécies de banana selvagem na Nova Guiné, na Malásia, Indonésia e Filipinas. Indícios arqueológicos e paleoambientais recentemente revelados em Kuk Swamp na província das Terras Altas Ocidentais da Nova Guiné sugerem que esta actividade remonta pelo menos até 5000 a.C., ou mesmo até 8000 a.C.. Tais dados tornam este local no berço do cultivo de bananas. É provável, contudo, que outras espécies de banana selvagem tenham sido objecto de cultivo posteriormente, noutros locais do sudeste asiático.
A banana é mencionada em documentos escritos, pela primeira vez na história, em textos budistas de cerca de 600 a.C. Sabe-se que Alexandre, o Grande comeu bananas nos vales da Índia em 327 a.C.. Só encontramos, porém, plantações de banana organizadas a partir do século III d.C. na China. Em 650, os conquistadores Islâmicos trouxeram a banana para a Palestina. Foram, provavelmente, os mercadores árabes quem divulgou a banana por grande parte de África, provavelmente até à Gâmbia. A palavra banana teve origem na África Ocidental e, adoptada pelos portugueses e espanhóis passou também a ser usada, por exemplo, na língua inglesa.
Nos séculos XV e XVI, colonizadores portugueses começaram a plantação sistemática de bananais nas ilhas atlânticas, no Brasil e na costa ocidental africana. Mas as bananas mantiveram-se, durante muito tempo, desconhecidas da maior parte da população europeia. Por exemplo, note-se que Júlio Verne, na obra "A volta ao mundo em oitenta dias" (1872), descreve o fruto detalhadamente porque sabe que grande parte dos seus leitores o desconhece.
Algumas fontes referem que já existiam espécies nativas de bananeira na América pré-colombiana, que se designaria como pacoba, mas, em termos gerais, não é dado crédito a tal informação.
A banana é o fruto (ou melhor: uma pseudocaule) da bananeira, uma planta herbácea vivaz acaule (e não uma "árvore", apesar do seu porte) da família Musaceae (género Musa - além do género Ensete, que produz as chamadas "falsas bananas"). As bananas constituem o quarto produto alimentar mais produzido no mundo, a seguir ao arroz, trigo e milho. São cultivadas em 130 países. São originárias do sudeste da Ásia, sendo actualmente cultivadas em praticamente todas as regiões tropicais do planeta. Vulgarmente, inclusive para efeitos comerciais, o termo "banana" refere-se às frutas de polpa macia e doce que podem ser consumidas cruas. Contudo, existem variedades cultivares, de polpa mais rija e de casca mais firme e verde, geralmente designadas por plátanos, banana-pão ou plantains, que são consumidas cozinhadas (fritas, cozidas ou assadas), constituindo o alimento base de muitas populações de regiões tropicais. A maioria das bananas para exportação são do primeiro tipo, ainda que apenas 10 a 15% da produção mundial seja para exportação, sendo os Estados Unidos da América e a União Europeia as principais potências importadoras.
As bananas formam-se em cachos na parte superior dos "pseudocaules" que nascem de um verdadeiro caule subterrâneo (rizoma ou cormo) que chega a ter uma longevidade de 15 anos ou mais. Depois da maturação e colheita do cacho de bananas, o pseudocaule morre (ou é cortado), dando origem, posteriormente, a um novo pseudocaule.
As pseudobagas formam-se em conjuntos (clusters) que se agrupam até cerca de vinte bananas em "pencas". Os cachos de bananas, pendentes na extremidade do falso caule da bananeira, podem ter 5 a 20 pencas e podem pesar de 30 a 50 kg. Cada banana pesa, em média, 125g, com uma composição de 75% de água e 25% de matéria seca. São uma fonte apreciável de vitamina A, vitamina C, fibras e potássio.
Ainda que as espécies selvagens apresentem numerosas sementes, grandes e duras, praticamente todas as variedades utilizadas na alimentação humana não apresentam sementes, como fruto partenocárpico que é uma fruta tropical de cor verde, quando imatura, chegando a amarela ou vermelha, quando madura. Seu formato é alongado, parecido com o formato de um pepino, porém de menor calibre, podendo, contudo, variar muito na sua forma consoante as variedades e cultivares. O mesmo acontece com a polpa que pode ser mole ou dura, doce ou acre. A banana é um fruto partenocárpico, tal como o abacaxi, pois pode formar-se sem fecundação prévia. É por isso que não possui sementes. Depois de cortadas escurecem facilmente devido à oxidação em contato com o ar.
A espécie Musa balbisiana, vendida no mercado indonésio contém, excepcionalmente, sementes, e é considerada uma das espécies ancestrais das actuais variedades híbridas geralmente consumidas.
Macro Componentes
Água (g) - 74,26
Energia (kcal) - 92
Energia (kj) - 385
Proteína (g) - 1,03
Lipídeos (total) (g) 0,48
Carboidratos por diferença (g) - 23,43
Fibra dietética (total) (g) - 2,4
Cinzas (g) - 0,8
Minerais
Cálcio, Ca (mg) - 6
Ferro, Fe (mg) - 0,31
Magnésio, Mg (mg) - 29
Fósforo, P (mg) - 20
Potássio, K (mg) - 396
Sódio, Na (mg) - 1
Zinco, Zn (mg) - 0,16
Cobre, Cu (mg) - 0,1
Manganês, Mn (mg) - 0,15
Selênio, Se (mcg) - 1,1
Vitaminas
Vitamina C, Ácido Ascórbico (mg) - 9,1
Tiamina, B-1 (mg) - 0,04
Riboflavina, B-2 (mg) - 0,1
Niacina (mg) - 0,54
Ácido Pantotênico, B-5 (mg) - 0,26
Vitamina B-6 (mg) - 0,57
Folato, B-9 (mcg) - 19,1
Vitamina B-12 (mcg) - 0
Vitamina A (IU) - 81
Vitamina A, RE (mcg_RE) - 8
Vitamina E (mg_ATE) - 0,27